Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Auto perdão e ação responsável

Suponhamos que a cada reencarnação recebemos do Criador um canteiro com uma terra muito fértil, para plantar flores, durante toda nossa vida.
Nascemos com as sementes das flores mas, ao invés de plantá-las, arranjamos sementes de espinhos e as semeamos, enchendo nosso canteiro de espinheiros.
Vamos plantando os nossos espinhos, até o dia em que olhamos para trás e percebemos um grande espinheiro.

Então, podemos ter três atitudes diferentes:
Se cultivamos o culpismo, devido ao remorso de não ter plantado as flores que deveríamos, simplesmente nos condenamos a deitar e rolar no espinheiro para nos punirmos, tentando aliviar a consciência de culpa.

Se somos pessoas que cultivamos o desculpismo, começamos a dizer que foi o vento que trouxe as sementes de espinhos, que não temos nada a ver com isso, etc.
Finalmente, se buscamos a ação responsável, ao perceber o espinheiro, assumimos tê-lo plantado e arrependemo-nos do fato.

Depois, percebemos que as sementes das flores continuam em nossas mãos e que podemos começar a plantá-las, agora que estamos mais conscientes.
Ao mesmo tempo sabemos que devemos retirar, um a um, todos os espinhos plantados e plantar uma flor no seu lugar.

Reflitamos sobre as três atitudes:

De que adianta cravar os espinhos plantados na própria carne? Por que aumentar o sofrimento?

Por acaso os espinhos diminuem quando agimos assim? A verdade é que não. De nada adianta. Este é o mecanismo dos que nos afundamos na culpa e deixamos que ela comande nossas vidas.
Substituir os atos de desamor praticados à vida com mais desamor ainda para conosco mesmos não resolve e não cura.
Por outro lado, pensando naqueles que ainda conseguimos achar desculpa para todo e qualquer desatino, por mais absurdo que ele pareça, veremos:

Os que fingimos que o espinheiro não tem nada a ver conosco, apenas estamos postergando o despertar da consciência.
Agindo assim, muitas vezes continuamos plantando mais e mais espinhos, fazendo com que o estrago fique cada vez maior.
O hábito de sempre encontrar desculpas e justificativas para todas nossas ações tem caráter doentio e precisa de atenção imediata de nossa parte.

O ego, em fuga desastrosa, procura justificar os erros mediante aparentes motivos justos. Tal costume degenera todo senso moral e pode nos levar a desequilíbrios psicológicos seríssimos.
Apenas a última opção, a da ação responsável, é caminho seguro.
É uma atitude proativa, pois ao assumir a responsabilidade pelos espinhos plantados, arrependemo-nos e buscamos substituí-los pelas flores.

Nesse ato cobrimos a multidão de pecados, conforme o ensino da Epístola de Pedro, referindo-se ao poder de cura do amor.
Assim crescemos, aprendemos e ressarcimos à Lei maior.
Sempre que cometermos erros, procuremos nos auto perdoar, atendendo à proposta da ação responsável, que troca o peso da culpa pela carga educativa da responsabilidade.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 3 da obra Psicoterapia à luz do Evangelho de Jesus, de Alírio de Cerqueira Filho, ed. Ebm.

Em 29.11.2011.

Tenham um dia repleto de paz!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cada um é único

Cada ser humano tem suas peculiaridades.
Cada um tem sua história, crenças e pensamentos, que estão diretamente ligados à sua criação.
As experiências vividas na infância, os modelos familiares, os comportamentos adotados e os valores arraigados, constituem a essência de uma pessoa.
Muitos sofrem desnecessariamente por querer transformar os outros de acordo com suas crenças.
Esquecem quão profundamente essas verdades estão estruturadas.
As pessoas são únicas:
“ Ninguém é igual a ninguém e ninguém é perfeito”.
Todos nós sabemos que nenhum ser humano é perfeito. Os pais não são perfeitos.
O chefe não é perfeito. Os empregados não são perfeitos.
Os clientes não são perfeitos.
Os amigos não são perfeitos.
O cônjuge não é perfeito.
Os filhos não são perfeitos.
Nós (você e eu) também não somos perfeitos.
Todo mundo sabe disso.
Então por que queremos encontrar no outro a perfeição?
Afinal, se estamos fazendo uma viagem de aprimoramento, a imperfeição faz parte do processo evolutivo.
Portanto, por mais virtudes que alguém tenha, cometerá, em algum momento da vida, pequenos deslizes.
Ou seja, as pessoas são como são, por suas próprias razões e não para magoar os outros.
Se não se comportam segundo nossas expectativas, julgamos que estão agindo
daquela maneira para nos magoar, quando, na verdade, esse é apenas o seu jeito de ser.
Portanto, vamos repensar nossas atitudes e aceitar a vida em todas as suas formas, cores e dimensões e as pessoas como elas são.
Lembre, quanto mais seguro você se sentir em seu processo de mudança, menos dependerá, da decisão alheia, menos se sentirá prisioneiro de alguém ou de alguma coisa.
A mudança inicia em você.
Quando você muda,
O mundo muda ao seu redor!

-autoria desconhecida-

Livre-se do Passado

Para aprender a viver o momento presente é importante perceber o que estamos pensando. É essencial este autoconhecimento: detectar como são nossos pensamentos para dissolver os padrões emocionais errôneos. Precisamos começar a observar nossa mente, ser a testemunha de nossos sentimentos.

A ansiedade, o estresse, a preocupação, todos os tipos de medo são causados por pensar em excesso no futuro e por não estar vivenciando o momento presente.
Os sentimentos de culpa, tristeza, arrependimento, amargura, incapacidade de perdoar são causadas pelo excesso de passado.
Assim quando perceber que está muito ansioso, preocupado, com estresse, com medos, observe seus pensamentos ligados ao futuro, corte-os na raiz e substitua-os por pensamentos do momento presente. Procure se focar no que está fazendo, com a mente mais concentrada e tranqüila.

Quando perceber que está triste, com depressão, revoltado com as pessoas ou acontecimentos, remoendo lembranças dolorosas do passado, dissolva esses pensamentos e sentimentos negativos vivenciando o momento presente.
Todas as transformações que podemos fazer para melhorar nosso futuro estão no aqui e no agora. O presente tem o poder de nos libertar da preocupação com nossos problemas.
O único lugar, onde pode ocorrer a verdadeira mudança, onde podemos dissolver o passado e ficarmos livres da ansiedade do futuro, é no agora.
O agora, o momento presente tem muito poder. Podemos ser felizes agora, e não em um futuro longínquo e ou em um passado ilusório.

Achamos que nosso sofrimento e nossos problemas dependem apenas dos acontecimentos ou das pessoas. E, muitas vezes isso é verdade, mas apesar de tudo que nos acontece, podemos ser mais felizes se soubermos como lidar com a disfunção básica da mente: o apego ao passado e ao futuro; e o não vivenciar o momento presente.

Mesmo que todos os nossos problemas fossem resolvidos, se não estivermos mais presentes e mais conscientes no agora, outros problemas irão surgir, como uma sombra a nos seguir aonde formos.

A vida perde o frescor, a vibração quando ficamos presos nos velhos padrões de pensamento, emoções, sentimentos do passado ou ficamos alimentando expectativas em excesso pelo futuro.
A chave para alcançar suas metas, realizar seus desejos, ser mais livre e autoconfiante é estar no presente.
Este momento é o resultado de coisas que aconteceram no passado. E nos tornamos infelizes se ficamos presos a isto, não aceitando a situação presente.

Você não pode ser feliz no passado, por isso livre-se do passado.

Marcelino Tomkowsky
Psicólogo e Psicoterapeuta

domingo, 27 de novembro de 2011

Só o verdadeiro amor sabe

Temos todos essa enorme capacidade de absorver do mundo o que nos é conveniente e ignorar o que não nos convém. Vemos o que queremos ver, ignoramos o que queremos ignorar, somos capazes de ouvir sem ouvir e ver sem enxergar.
Nos criamos voluntariamente ilusões, mergulhamos no silêncio ou nas nuvens quando isso nos é conveniente. E nos apaixonamos quando a alma, carente, tem sede.
Melhor, muito melhor viver dos sonhos que da dura realidade. Neles tudo é perfeito, sem máculas, sem as dores que nos fazem acordar.

É a rotina que mata as verdadeiras relações e, sem querer encontrar uma desculpa para os desvios sentimentais, faz com que as pessoas anseiem por algo além.
Salvo exceções, o romantismo desaparece com o tempo. Os príncipes já não são assim tão cavalheiros e as princesas voltam pra casa bem antes do toque da meia-noite.
O que vemos todos os dias, vemos há tanto tempo que já nem percebemos mais.

Ai!... Quantos enganos e desenganos porque o coração não soube olhar para o interior de si mesmo! Quantas noites perdidas, carinhos recusados, desejos sufocados, porque as pessoas se esquecem de guardar a magia de um amor que chegou um dia!
Somos todos abertos aos sonhos, senão a vida seria um caminhar sobre pedras. Temos todos, confessado ou não, esse pedacinho de romantismo dentro de nós que ora aflora, ora se esconde.

Mas esse romantismo deve nos deixar abertos aos sonhos e construção de um relacionamento bonito, não deve nos perder.
Não são as coincidências que encontramos em toda nova relação que nos provam os sentimentos reais e sim as divergências que sabemos ver com maturidade e as quais tentamos resolver.
Quem ama machuca e machuca-se vez ou outra e isso é inevitável, porque justamente são os que amamos mais que possuem maiores poderes sobre nosso coração.

As roseiras sem espinhos são manipulações do homem e muitos relacionamentos são manipulações do nosso eu que busca de forma desesperada sonhos perdidos. Quanto mais sonhamos, mais nos distanciamos da realidade e maior será a ferida quando dia ou outro precisaremos acordar.

Só o verdadeiro amor sabe continuar inteiro depois de ter sofrido as provações destinadas a ele. E esse que não se quebrou é o que realmente vale a pena.
Ele não é uma idéia, é um sentimento, é a voz da alma, é o que não sabemos explicar, mas que pulsa assim mesmo. Ele vê, abre-se e aceita. Ele dói e sangra, mas segue em frente, vence os anos e as diferenças.
Duas ou três vezes mais olhe para o que você tem nas mãos! Acorde de mansinho o romantismo escondido no seu coração e dê uma oportunidade a ele.

Se preciso, reaprenda a arte de seduzir e vá ao encontro daquele amor que conhece seus pormenores, aquele que sabe suportar seu mal humor e cara da manhã seguinte. Aquele que te conheceu doente e feliz e te deu a mão para atravessar uma estrada.
A vida não é feita de sonhos, mas muitos dos nossos sonhos podemos oferecer à vida. Isso só depende de nós.

Letícia Thompson