Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Fomos criados para evoluir

Não fomos criados para sofrer, mas para evoluir. Trazemos o sofrimento para nós quando escolhemos o nosso caminho. Por vezes, os maiores saltos neste caminho ocorrem quando carregamos os mais pesados fardos.

Não se deve perguntar em desespero, mas como alguém lutando por esperança.
A esperança trará suas respostas, porque a esperança é o futuro.
Não se deve perguntar por medo, pergunte, sim, mas como alguém que quer aprender, alguém que quer e precisa ir em frente.
Medo é provavelmente a vibração mais destrutiva, porque nos faz ficar parados no tempo, nos impede de agir e de pensar. Escolha sempre a esperança, que é o futuro, em vez do medo, que é o presente.

Os iguais se atraem,medo gera medo, desespero atrai desepero e a culpa não nos leva a lugar nenhum.
O Universo não pune ninguém!
Sem o medo, novas ferramentas serão colocadas em nossas mãos e veremos que nossas mãos são mais fortes do que jamais foram.

Não conseguimos mudar nada a menos que nos livremos da velhas e más idéias.

(sem autoria definida)

Alguém para amar.

O mundo está cheio de queixas.

De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas.

Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.

O mundo está cheio de carências.

Carências afetivas.

Carências materiais.

Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:

Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.

Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.

Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo.

Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.

Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.

Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.

Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.

Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.

Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha.

Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.

Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.

Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.

Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.

Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária.

Sua preocupação era em primeiro lugar com os outros.

Todos representavam para ela o próprio Cristo.

Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.

Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.

Honrada com o Prêmio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos da romagem terrestre.

Tudo o que lhe importava eram os seus pobres.

E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.

Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude.

E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.

Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.

* * *

O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO. Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, porém sempre reconfortante e luminoso, desde que possa ser útil de verdade.

Almas que não esperem nada do beneficiado, por suas mãos socorrido, a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.

Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.

Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: É melhor amar do que ser amado.


Redação do Momento Espírita,com base no cap. 20 do livro Vida e mensagem, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no poema de Madre Teresa de Calcutá, intitulado Dai-me alguém para amar.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Retirada de símbolos religiosos nos locais públicos federais de São Paulo

Ação do Ministério Público Federal que pede a retirada de símbolos religiosos
nos locais públicos federais de São Paulo.

Sobre a decisão de retirarem a Cruz dos lugares públicos. Que resposta bem dada
de um padre consciente! Espalhe que esta é boa...
NOTA DEZ. Esse Frade falou em nome de todos os cristãos.

Sou Padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas.
Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião.
A Cruz deve ser retirada! Nunca gostei de ver a Cruz em tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são vendidas e compradas.
Não quero ver a Cruz nas Câmaras Legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte.
Não quero ver a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são
constrangidos e torturados.
Não quero ver a Cruz em prontos-socorrose hospitais, onde pessoas (pobres) morrem sem atendimento.
É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a
sórdida política brasileira, causa da desgraça dos pequenos e pobres.

Frade Demetrius dos Santos Silva - São Paulo/SP

domingo, 16 de janeiro de 2011

Os não ditos...

As palavras às vezes cortam como uma faca e de maneira irrefletida ferimos os outros, mesmo se os amamos, sem que haja retorno. Conscientes disso é que em muitos dos casos, nos calamos, quando tudo o que pensamos e sentimos nos queima por dentro.
Essas coisas são os não ditos das relações e da vida.
As palavras que não dizemos, mas não enterramos também, estão sempre entre nosso coração e nossa garganta e nos ferem interiormente. São opções que fazemos, seja para não machucar outras pessoas, seja, simplesmente, pela falta de coragem de sermos nós, inteiros e límpidos.
A comunicação é a base de todo relacionamento saudável. Pessoas que se amam, que seja na amizade, no amor ou nas relações familiares, devem estar prontas para serem quem são, para perdoar e receber perdão.
Não nos calaríamos tanto se soubéssemos que o outro nos ouviria com a alma, nos entenderia e continuaria a nos amar, apesar de tudo. Mas as pessoas, por mais maduras que pareçam, nem sempre estão prontas para ouvir as verdades, se essas forem doloridas. Assim são criadas as relações superficiais, onde pensamos tanto e falamos de menos, onde sentimos e sufocamos.
Nos falta um pouco de humildade para aceitar nossa imperfeição, aceitar que o outro possa não gostar de algo em nós e ter o direito de dizê-lo. Nos falta a ousadia de sermos nós, sem essa máscara que nos torna bonitos por fora e doentes por dentro.
A comunicação na boa hora, com as palavras escolhidas e certas, consertaria muitos relacionamentos, sararia muitas almas, tornaria as pessoas mais verdadeiras e mais bonitas.
Sabemos que as pessoas nos amam quando nos conhecem profundamente, intimamente e continuam nos amando. Quando com elas temos a liberdade e coragem de dizer: isso eu sinto, isso eu sou.

Letícia Thompson

O preço por não escutar a natureza

O cataclisma ambiental, social e humano qe se abateu sobre as três cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na segunda semana de janeiro, com centenas de mortos, destruição de regiões inteiras e um incomensurável sofrimento dos que perderam familiares, casas e todos os haveres tem como causa mais imediata as chuvas torrenciais, próprias do verão, a configuração geofísica das montanhas, com pouca capa de solo sobre o qual cresce exuberante floresta subtropical, assentada sobre imensas rochas lisas que por causa da infiltração das águas e o peso da vegetação provocam frequentemente deslizamentos fatais.

Culpam-se pessoas que ocuparam áreas de risco, incriminam-se políticos corruptos que distribuíram terrenos perigosos a pobres, critica-se o poder público que se mostrou leniente e não fez obras de prevenção, por não serem visíveis e não angariarem votos. Nisso tudo há muita verdade. Mas nisso não reside a causa principal desta tragédia avassaladora.

A causa principal deriva do modo como costumamos tratar a natureza. Ela é generosa para conosco pois nos oferece tudo o que precisamos para viver. Mas nós, em contrapartida, a consideramos como um objeto qualquer, entregue ao nosso bel-prazer, sem nenhum sentido de responsabilidade pela sua preservação nem lhe damos alguma retribuição. Ao contrário, tratamo-la com violência, depredamo-la, arrancando tudo o que podemos dela para nosso benefício. E ainda a transformamos numa imensa lixeira de nossos dejetos.

Pior ainda: nós não conhecemos sua natureza e sua história. Somos analfabetos e ignorantes da história que se realizou nos nossos lugares no percurso de milhares e milhares de anos. Não nos preocupamos em conhecer a flora e a fauna, as montanhas, os rios, as paisagens, as pessoas significativas que aí viveram, artistas, poetas, governantes, sábios e construtores.

Somos, em grande parte, ainda devedores do espírito científico moderno que identifica a realidade com seus aspectos meramente materiais e mecanicistas sem incluir nela, a vida, a consciência e a comunhão íntima com as coisas que os poetas, músicos e artistas nos evocam em suas magníficas obras. O universo e a natureza possuem história. Ela está sendo contada pelas estrelas, pela Terra, pelo afloramento e elevação das montanhas, pelos animais, pelas florestas e pelos rios. Nossa tarefa é saber escutar e interpretar as mensagens que eles nos mandam. Os povos originários sabiam captar cada movimento das nuvens, o sentido dos ventos e sabiam quando vinham ou não trombas d’água. Chico Mendes com quem participei de longas penetrações na floresta amazônica do Acre sabia interpretar cada ruído da selva, ler sinais da passagem de onças nas folhas do chão e, com o ouvido colado ao chão, sabia a direção em que ia a manada de perigosos porcos selvagens. Nós desaprendemos tudo isso. Com o recurso das ciências lemos a história inscrita nas camadas de cada ser. Mas esse conhecimento não entrou nos currículos escolares nem se transformou em cultura geral. Antes, virou técnica para dominar a natureza e acumular.

No caso das cidades serranas: é natural que haja chuvas torrenciais no verão. Sempre podem ocorrer desmoronamentos de encostas. Sabemos que já se instalou o aquecimento global que torna os eventos extremos mais frequentes e mais densos. Conhecemos os vales profundos e os riachos que correm neles. Mas não escutamos a mensagem que eles nos enviam que é: não construir casas nas encostas; não morar perto do rio e preservar zelosamente a mata ciliar. O rio possui dois leitos: um normal, menor, pelo qual fluem as águas correntes e outro maior que dá vazão às grandes águas das chuvas torrenciais. Nesta parte não se pode construir e morar.

Estamos pagando alto preço pelo nosso descaso e pela dizimação da mata atlântica que equilibrava o regime das chuvas. O que se impõe agora é escutar a natureza e fazer obras preventivas que respeitem o modo de ser de cada encosta, de cada vale e de cada rio.

Só controlamos a natureza na medida em que lhe obedecemos e soubermos escutar suas mensagens e ler seus sinais. Caso contrário teremos que contar com tragédias fatais evitáveis.

Leonardo Boff

Servir Traz Alegria

"O Gesto mais digno de alguém é inclinar-se para ajudar outro alguém."

Se eu encontrasse uma pessoa que me dissesse:
"Nunca tive um momento de felicidade, em minha vida"...
eu lhe diria tranqüilo:
- Meu caro, você nunca se inclinou para ajudar alguém.
Talvez ele me responderia:
- Ora, vá... Vivo fazendo isso, por força de profissão!
Eu acrescentaria, então:
Talvez seja por isso mesmo.
Você se inclina por fora.
Sua atitude não é interna, não deita raízes no coração.
Você não se inclina como gente para ajudar gente.
Exatamente ai está a grande diferença.
Sim, o gesto mais nobre de alguém é inclinar-se para ajudar outro alguém.
Mas esse tipo de atenção deve ultrapassar o mero sentimento profissional.
Ajudar alguém, no sentido mais profundo,
é descer até ele, para faze-lo crescer, para torna-lo mais gente.
Toda pessoa humana sofre de carências.
Carências que podem ser de ordem física, espiritual ou afetiva.
O pai que senta ao lado de filho, na atitude de companheiro,
de amigo ou orientador, inclina-se para o filho,
buscando responder a uma necessidade afetiva do mesmo.
O médico, a enfermeira que se inclinam sobre o doente,
procurando restituir-lhe a saúde,
atendem de uma necessidade espiritual.
Necessidade afetiva, necessidade física, necessidade espiritual:
três maneiras de inclinar-se para ajudar um outro alguém.
Sempre que nos inclinamos, sempre que buscamos ajudar o próximo,
em qualquer situação de vida, repetimos o gesto do bom samaritano
de que fala o Evangelho.
A mais profunda realização humana é a alegria de servir, desinteressadamente.
E tem mais: até um copo de água ou um pedaço de pão,
doado na generosidade, terá sua recompensa eterna...

Passar pela vida, distribuindo alegria, confortando os que sofrem,
estendendo a mão aos necessitados é outro segredo para sermos felizes.
Faça sua experiência, amigo.
Tenho a certeza plena de que não se arrependerá.
Servir é bom. Servir é confortante. Servir é gratificante.
Porque a mais profunda alegria é a alegria de servir.
O gesto mais nobre do coração humano,
o gesto mais digno de alguém,
É INCLINAR-SE PARA AJUDAR OUTRO ALGUÉM.

R. Schneider