Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sábado, 17 de abril de 2010

Subir pelo lado que desce

"Viver é subir uma escada rolante pelo lado que desce".

Ouvindo esta frase, imaginei qualquer pessoa nessa acrobacia que as crianças fazem ou tentam fazer: escalar aqueles degraus que nos puxam inexoravelmente para baixo. Perigo, loucura, inocência, ou uma boa metáfora do que fazemos diariamente?

Poucas vezes me deram um símbolo tão adequado para a vida, sobretudo naqueles períodos difíceis em que até pensar em sair da cama dá vontade de desistir.

Tudo o que quereríamos era taparmos a cabeça e dormirmos, sem pensarmos em nada, fingindo que não estamos nem aí… Porque Tanatos, isto é, a voz do poço e da morte, nos convoca a cada minuto para que, enfim, nos entreguemos e acomodemos.

Só que acomodar-se é abrir a porta a tudo aquilo que nos faz cúmplices do negativo. Descansaremos, sim, mas tornando-nos filhos do tédio e amantes da pusilanimidade, personagens do teatro daqueles que constantemente desperdiçam os seus próprios talentos e dificultam a vida dos outros.

E o desperdício da nossa vida, talentos e oportunidades é o único débito que no final não se poderá saldar: estaremos no arquivo-morto. Não que não tenhamos vontade ou motivos para desistir: corrupção, violência, drogas, doença, problemas no emprego, dramas na família, buracos na alma, solidão no casamento a que também nos acomodamos… tudo isso nos sufoca. Sobretudo, se pertencermos ao grupo cujo lema é: Pensar, nem pensar… e a vida que se lixe.

A escada rolante chama-nos para o fundo: não dou mais um passo, não luto, não me sacrifico mais. Para quê mudar, se a maior parte das pessoas nem pensa nisso e vive da mesma maneira, e da mesma maneira vai morrer?

Não vive (nem morrerá) da mesma maneira. Porque só nessa batalha consigo mesmo, percebendo engodos e superando barreiras, podemos também saborear a vida. Que até nos surpreende quando não se esperava, oferecendo-nos novos caminhos e novos desafios.

Mesmo que pareça quase uma condenação, a idéia de que viver é subir uma escada rolante pelo lado que desce é que nos permite sentir que afinal não somos assim tão insignificantes e tão incapazes.

Então, vamos à escada rolante: aqui e ali até conseguimos saltar degraus de dois em dois, como quando éramos crianças e muito mais livres, mais ousados e mais interessantes. E porque não? Na pior das hipóteses, caímos, magoamo-nos por dentro e por fora, e podemos ainda uma vez… recomeçar.

Lya Luft

A Doutrina da Humanidade

Ter suficiente domínio sobre si mesmo para julgar os outros em comparação consigo e agir em relação a eles como nós quereríamos que eles agissem para connosco é o que se pode chamar a doutrina da humanidade; nada há mais para além disso.
Se não se tem um coração misericordioso e compassivo, não se é um homem; se não se têm os sentimentos da vergonha e da aversão, não se é um homem; se não se têm os sentimentos da abnegação e da cortesia, não se é um homem; se não se tem o sentimento da verdade e do falso ou do justo e do injusto, não se é um homem. Um coração misericordioso e compassivo é o princípio da humanidade; o sentimento da vergonha e da aversão é o princípio da equidade e da justiça; o sentimento da abnegação e da cortesia é o princípio do convívio social; o sentimento do verdadeiro e do falso ou do justo e injusto é o princípio da sabedoria. Os homens têm estes quatro princípios, do mesmo modo que têm quatro membros.

Confúcio,'A Sabedoria de Confúcio'

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Amor e Liberdade

Este é todo o problema dos seres humanos: amor e liberdade. Essas duas palavras são as palavras mais importantes da linguagem humana.

É muito fácil escolher uma coisa só – escolher o amor e abandonar a liberdade-, mas então você sempre será perseguido pela liberdade e ela destruirá o seu amor. O amor parece ser contra a liberdade, inimigo da liberdade, antagônico à liberdade. Como você pode abandonar a liberdade? Ela não pode ser abandonada, mesmo pelo amor. Aos poucos você ficará saturado do amor e começará a se mover para o outro extremo.

Um dia você deixará o amor e correrá em direção à liberdade. Mas apenas para ser livre e sem amor, como você poderá viver? O amor é uma necessidade enorme. Ser amado e amar é praticamente um respirar espiritual. O corpo não pode viver sem a respiração, e o espírito não pode viver sem o amor.

Dessa maneira, você se move como um pêndulo – da liberdade ao amor, do amor à liberdade. Dessa maneira, a roda pode continuar por muitas vidas, e é justamente assim que ela tem continuado. Chamamos a isso de roda da vida. Ela fica girando, o mesmo raio de roda subindo, descendo...

A libertação vem quando você atinge uma síntese entre o amor e a liberdade. Escolha o paradoxo, não escolha as alternativas que o paradoxo lhe deu. Escolha todo o paradoxo. Não escolha um, escolha ambos, escolha-os juntos. Entre no amor e permaneça livre. Permaneça livre, mas nunca torne sua liberdade contrária ao amor.

Osho

O despertar da Consciência

A Jogada Mais Linda de Todas
(Todo Tempo é Tempo de Crescer!)


O mundo está cheio de sonâmbulos.
Sim, isso mesmo!
O que tem de gente semiconsciente zanzando por aí, não é brincadeira, não.
E o pior é que eles pensam que estão acordados.
Contudo, a quantidade de gente hipnotizada é enorme.
É gente que não pensa e apenas gravita em torno das percepções limitadas que os seus sentidos físicos lhes proporcionam.
E isso é um problema, pois, quando a Dona Morte chega e bate o ponto, esse pessoal se vê perdido no Astral.
Como seus sentidos materiais feneceram junto com o corpo, eles não sabem como operar com os sentidos espirituais.
Por isso, é de partir o coração ver essa galera chorando de montão, perdida nas brumas de seus condicionamentos limitantes.
A Dona Morte não é de brincadeira, não!
Quem vive na carne, que se cuide.
Viver não é só comer, beber, dormir, copular e, um dia, finalmente, morrer...
Viver é muito mais e não cabe numa só vida.
E é triste só descobrir isso após a chegada da Dona Morte.
Despertar é preciso!
Até mesmo para amar melhor e se sentir mais vivo.
Porque a vida é preciosa; e sempre continua...

* * *

A Companhia do Amor adverte:
- Fumar causa vários problemas de saúde;
- Consumir bebidas alcoólicas em excesso, idem;
- Consumir drogas é letal!
- Porém, o pior de tudo é viver igual zumbi, sem pensar e sem sentir.
Quem vive na carne, que se cuide.
Despertar é preciso!
Quem está desperto (e esperto), valoriza a consciência limpa.

* * *

Não há mantra que desperte quem não quer crescer.
E nem o Papai do Céu interfere no livre-arbítrio de ninguém.
Cada um é o que é! E isso determina o rumo de seu viver...
Tudo é causa gerando efeito: o que se pensa, o que se sente e o que se faz.
Isso é o que determina por onde alguém segue...
Felicidade ou tristeza? Isso é de cada um.
O Papai do Céu não tem nada a ver com isso.
Amor de verdade ou rolo emocional?
Só o coração é que sabe... E a escolha é de cada um.
Despertar da consciência ou mumificação do raciocínio e da sensibilidade?
Ah, quem for zumbi nem mesmo conseguirá entender isso. E quem for esperto (e desperto), apenas dará uma boa risada.
Despertar é preciso!
E o Papai do Céu não se mete, mas sempre ri quando alguém compreende isso.
Aí, Ele diz: “Bem-Aventurados os que estão acordados!”
E a Companhia do Amor arremata, na veia, de voleio, e diz:
“Quem vive na carne, que se cuide. Porque todo tempo é tempo de crescer.”

P.S.:
O craque faz golaços.
Já o “perna de pau”, só faz jogadas bisonhas.
Quem está desperto, é craque.
Mas quem anda igual zumbi, só leva de goleada.
O campo de jogo é a vida.
Golaços ou jogadas bisonhas?
Cada um decide o jogo que quer fazer.
E a bola da vida continua rolando...
O placar do coração de cada um, só o Papai do Céu é que sabe.
Despertar é preciso!
Para marcar golaços e amar melhor...

Wagner Borges
11 de Novembro de 2009

- Companhia do Amor* –
A Turma dos Poetas em Flor.


(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – São Paulo, 11 de novembro de 2009.)

Notas: * A Companhia do Amor é um grupo de cronistas, poetas e escritores brasileiros desencarnados que me passam textos e mensagens espirituais há vários anos. Em sua grande maioria, são poetas e muito bem humorados. Segundo eles, os seus escritos são para mostrar que os espíritos não são nuvenzinhas ou luzinhas piscando em um plano espiritual inefável. Eles querem mostrar que continuam sendo pessoas comuns, apenas vivendo em outros planos, sem carregar o corpo denso. Querem que as pessoas encarnadas saibam que não existe apenas vida após a morte, mas, também, muita alegria e amor.
Os seus textos são simples e diretos, buscando o coração do leitor.

Ângulos Diferentes

É sempre bom sentir o outro a partir de ângulos diferentes, porque as pessoas têm múltiplos aspectos.

Todos carregamos um mundo dentro de nós, e, se você realmente desejar conhecer uma pessoa, terá de conhecê-la a partir de todos os ângulos possíveis. Então duas pessoas podem permanecer encantadas uma pela outra pela infinidade, porque nenhum papel está fixo. E, após alguns dias para variar, podem novamente ficar nos papéis de companheira e companheiro, isso é belo, é algo novo, como se estivessem se reencontrando depois de muitos dias!

Mudanças são sempre boas. Descubra sempre novas maneiras e meios de se relacionar com uma pessoa,novas situações. Nunca caia na rotina. Assim, a união estará sempre fluindo. Sempre existem surpresas, e é bom surpreender o outro e ser surpreendido por ele; então a união nunca estará morta.

OSHO

Harmonia das Diferenças

Você já pensou que o nosso grande problema,
nas relações pessoais,
é que desejamos que os outros sejam iguais a nós?

Em se falando de amigos,
desejamos que eles gostem exatamente do que gostamos,
que apreciem o mesmo gênero de filmes e música
que constituem o nosso prazer.

No âmbito familiar,
prezaríamos que todos os componentes da família
fossem ordeiros, organizados e disciplinados como nós.

No ambiente de trabalho,
reclamamos dos que deixam a cadeira fora do lugar,
papel espalhado sobre a mesa
e que derramam café, quando se servem.

Dizemos que são relaxados
e que é muito difícil conviver
com pessoas tão diferentes de nós mesmos.
Por vezes, chegamos às raias da infelicidade,
por essas questões.

E isso nos recorda da história de um menino chamado Pedro.
Ele tinha algumas dificuldades muito próprias.

Por exemplo, quando tentava desenhar uma linha reta,
ela saía toda torta.

Quando todos à sua volta olhavam para cima,
ele olhava para baixo.
Ficava olhando para as formigas,
os caracóis, em sua marcha lenta,
as florzinhas do caminho.

Se ele achava que ia fazer um dia lindo e ensolarado, chovia.
E lá se ia por água abaixo, todo o piquenique programado.

Um dia, de manhã bem cedo,
quando Pedro estava andando de costas contra o vento,
ele deu um encontrão em uma menina,
e descobriu que ela se chamava Tina.
E tudo o que ela fazia era certinho.

Ela nunca amarrava os cordões de seus sapatos de forma incorreta
nem virava o pão com a manteiga para baixo.

Ela sempre se lembrava do guarda-chuva
e até sabia escrever o seu nome direito.

Pedro ficava encantado com tudo que Tina fazia.
Foi ela quem lhe mostrou a diferença entre direito e esquerdo.
Entre a frente e as costas.

Um dia, eles resolveram construir uma casa na árvore.
Tina fez um desenho
para que a casa ficasse bem firme em cima da árvore.

Pedro juntou uma porção de coisas para enfeitar a casa.
Os dois acharam tudo muito engraçado.
A casa ficou linda, embora as trapalhadas de Pedro.

Bem no fundo, Tina gostaria que tudo
que ela fizesse não fosse tão perfeito.
Ela gostava da forma de Pedro viver e ver a vida.

Então Pedro lhe arranjou
um casaco e um chapéu que não combinavam.
E toda vez que brincavam,
Tina colocava o chapéu e o casaco,
para ficar mais parecida com Pedro.

Depois, Pedro ensinou Tina
a andar de costas e a dar cambalhotas.

Juntos, rolaram morro abaixo.
E juntos aprenderam a fazer aviões de papel
e a fazê-los voar para muito longe.

Um com o outro,
aprenderam a ser amigos até debaixo d’água.
E para sempre.

Eles aprenderam que o delicioso em um relacionamento
é harmonizar as diferenças.

Aprenderam que as diferenças são importantes,
porque o que um não sabe, o outro ensina.
Aquilo que é difícil para um,
pode ser feito ou ensinado pelo outro.

É assim que se cresce no mundo.
Por causa das grandes diferenças
entre as criaturas que o habitam.

***

A sabedoria divina colocou as pessoas no mundo,
com tendências e gostos diferentes umas das outras.

Também em níveis culturais diversos
e degraus evolutivos diferentes.

Tudo para nos ensinar
que o grande segredo do progresso
está exatamente em aprendermos uns com os outros,
a trocar experiências e valorizar as diferenças.


Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A arte de ser Feliz

Para ser feliz, aprenda a rir de si mesmo. Isso vai te tornar uma pessoa mais agradável para os que te cercam e vai te ensinar a ver a vida com menos seriedade.

Rir não é só o melhor remédio, é um tratamento completo. Ria, ria sempre.

Aprenda que os outros não são responsáveis pelos seus problemas; eles podem até oferecer um ombro, mas cada qual carrega a sua cruz; porém saiba que quem te oferece um ombro é o tesouro mais precioso que você poderia encontrar.

Aprenda também que você não é responsável pelos problemas alheios. Oferecer a mão, o ombro, o sorriso fará de você um bom samaritano e o melhor dos amigos, mas jamais você poderá viver o que não te pertence. Cada um de nós deve viver e conviver com as conseqüências dos próprios atos.

Aprenda que decepções e mágoas fazem parte do caminho, como ervas daninhas. Ninguém está livre delas e de uma maneira geral chegam quando mais precisamos ver e sentir as flores. Porém quando conseguimos vencê-las o campo fica muito mais bonito de se olhar e sentir.

As rosas não são menos belas por possuírem espinhos. Portanto, não exija de si mesmo e nem dos outros a perfeição. Seja apenas o que você é, seja verdadeiro. Os que te amarem além da sua aparência serão aqueles pelos quais sua vida vai valer a pena.

Seja apenas isso: feliz! Com arte, com cor, com muito bom humor. As coisas simples são normalmente as que pensamos por último, mas geralmente são a base de uma vida equilibrada.

Letícia Thompson

***

"Se queres ser feliz amanhã, tenta hoje mesmo."

Liang Tzu

terça-feira, 13 de abril de 2010

Aprenda com você mesmo

Cada um de nós tem uma área da vida que necessita ser cuidada com mais atenção. Se alguma parte de sua vida anda aborrecida e sem sal, é sinal de que precisa ser mais bem cuidada. Fique atento ao sinal de alerta da mudança: ele toca sempre que substituímos a alegria de viver pela preocupação. E a fluidez pela tensão. Nesses momentos, você tem de tirar o barco do porto e colocá-lo no mar, rumo a um novo mundo.

É claro que ninguém pode comprar a alegria de viver na padaria da esquina. Temos de aprender a conquistá-la. As lições estão dentro de nós. Precisamos ser professores e alunos de nós mesmos.

Na Índia, os mestres dizem que a diferença entre alguém que está com câncer e alguém com dor de cabeça depende da intensidade da aula de que a pessoa está precisando. Na vida, quanto mais teimoso for o aluno, mais as aulas serão dolorosas. Quanto menos o aluno aprender, mais a vida vai bater pesado para que acorde e aprenda.

A escola da vida funciona assim. Se a pessoa está insatisfeita e fica em casa reclamando da sina em vez de tentar mudá-la, vai se tornar cada vez mais angustiada, arrumar uma úlcera ou uma depressão. Ela tem a ilusão de se acostumar com a dor, mas o pior é que a dor não pára de aumentar. A alegria de viver fica tão inacessível quanto o pico do Everest.

Negar uma necessidade nunca foi boa solução. O problema vai continuar até a pessoa se convencer de que precisa sair daquela situação e começar algo novo. Essa é a lição que está fazendo falta. Quando nos recusamos a aprendê-la, o problema se agrava.

Muitas vezes, as pessoas insistem em comportamentos que dão resultados negativos e depois reclamam. Não percebem que reclamar é inútil e que a única saída é analisar a situação e buscar solucioná-la. Fazer as mesmas coisas e esperar que os resultados mudem é acumular sofrimento. Isso nos deixa amargos.

Na vida, nós somos problema ou solução. Se formos parte do problema, ninguém vai gostar de ficar ao nosso lado. Se formos solução, conseguiremos fazer com que os outros tenham vontade de estar conosco e nos ajudar.

O psicanalista americano Erick Ericsson disse que por volta dos 50 anos as pessoas se encontram numa encruzilhada existencial, entre a amargura e a sabedoria. Aquelas que aprenderam a viver conquistam a maturidade. Mas as que percebem que estão se aproximando da morte ficam amarguradas.

Quem aprendeu a simplificar a vida desfruta cada dia com alegria. Quem só aprendeu a reclamar de tudo terá de agüentar o peso da vida por mais algum tempo.

Roberto Shinyashiki