Além do horizonte, existem outros mundos a serem descobertos.
Lá, folhas não caem, elas flutuam.
Lá, o meio de transporte são pássaros que vem até você e com o suspiro de seu amor, neste mundo todos andam de mãos dadas lá é aonde a harmonia toma conta da natureza de todas as espécies viventes.
Lá, não colhemos flores, mas as flores colhem a gente.
Chegou o tempo de despertar e acreditar que esta vida vale apena ser vivida.
-Rhenan Carvalho-

sábado, 28 de novembro de 2009

Mochila de Viagem

E ele, antes de encarnar, sentou com seu Mentor e disse:

- Mestre, já arrumei minha mochila, já posso partir em direção ao Planeta Terra...
E seu Mestre perguntou:

- O que levas aí, meu filho?

Ele respondeu:

- Coisas que vou precisar no Planeta... Missões que devo cumprir, aprendizados que tenho que assimilar, lições que tenho que estudar... nada de mais, Mestre...
O Mestre novamente pergunta:

- E o que mais carregas aí, meu filho? Parece-me que sua mochila está meio pesada...

E ele responde:

- Não, Mestre... Só tenho aqui o que preciso...

O Mestre, fazendo de conta que acredita, o deixa partir...

Ele retorna à Terra, através de um útero quentinho, esconde sua mochila, acreditando que seu Mestre não viu os traumas que ele lá escondeu! Coisinhas que ele ainda não conseguiu se desconectar... Situações de outras vidas...

Ele nasce, inicia seu percurso no Planeta... E, um dia, aquelas coisinhas que trouxe escondido em sua mochila começam a incomodar. Algumas viram dores físicas, outras emocionais e outras ainda espirituais...

O tempo passa... passa... E um dia, cansado de tanto sofrer, resolve descobrir a origem de suas dores...

Passa por uma regressão terapêutica e descobre suas coisinhas que insistiu em carregar em sua mochila, e que não eram necessárias... Tem a oportunidade de conversar com seu Mentor e novamente acontece um diálogo:

Ele diz:

- Mestre, sabias que eu carregava coisas que não necessitaria, não é?

O Mestre responde:

- Sim, meu filho. Sabia!

Ele pergunta:

- Por que então deixastes, Mestre? Sabias que eu sofreria com esse peso a mais...

O Mestre sorri e diz:

- Também sabias que uma de tuas lições era a Verdade. No entanto, quando te perguntei, dissestes que nada de mais carregavas...

Ele fica envergonhado e diz:

- Perdoe-me, Mestre...

O Mestre responde:

- Terás nova oportunidade!


Por: Angélica Specht Altermann
Psicoterapeuta Reencarnacionista - Ministrante de Cursos de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica - ABPR

O amor é a lei da vida

Você já se deu conta de que o amor é a lei maior que rege a vida?Antes de pensar numa resposta negativa, reflita um pouco sobre as seguintes considerações:

Da batalha entre a chuva e o sol, surge o arco-iris, exibindo suas múltiplas cores, tornando a paisagem mais bela e mais poética.
É o amor sugerindo harmonia.

Sob o rumor da cascata, que jorra violenta sobre as rochas desalinhadas e pontiagudas, as andorinhas fazem seus ninhos e garantem revoadas em todos os verões.
É o amor orientando o instinto.

Sob a neve que se estende sobre planícies e montes gelados as sementes dormem, para explodir em flor aos primeiros beijos do sol da primavera.
É o amor acordando a vida.

O tempo, hábil conselheiro, traz o esquecimento das dores e cicatriza as feridas abertas pelos sofrimentos mais acerbos.
É o amor incentivando a vida.

Quando a doença corrói o corpo físico, causando desconforto de dor, e os órgãos já não têm forças para manter funcionando a máquina de carne, a morte, como hábil cirurgiã, liberta o espírito do fardo inútil.
É o amor renovando a vida.

Junto com a tempestade que rasga os céus com raios e trovões, chega a chuva generosa, fertilizando a terra e garantindo a boa safra.
É o amor propiciando a vida.

Sob a pesada pedra, a frágil semente germina e rasteja, contorna obstáculos, até encontrar a luz e florescer, vitoriosa.
É o amor orientando a vida.

Os séculos, quais anciães compassivos, se dobram sobre as memórias dos povos vencidos nas guerras promovidas pelo egoísmo, trazendo o bálsamo do esquecimento.
É o amor amenizando o ódio.

Na face do solo rachado, crestado pela seca implacável, surge pequeno olho d'água, dando notícias da vida que persiste, submersa, invencível.
É o amor alimentando a esperança.

Nos conflitos das guerras sangrentas e cruéis o homem transforma o mundo em que vive, criando tecnologia e fomentando o progresso.
É o amor promovendo o esclarecimento.

As marcas profundas esculpidas nas almas pelos holocaustos de toda ordem, forjam pérolas de luz nos corações sensíveis e os eleva acima das misérias humanas.
É o amor gerando o entendimento.

Quando um agente externo qualquer penetra o organismo humano, imediatamente um exército de células-soldados entra em combate para eliminar o intruso e garantir a saúde.
É o amor defendendo a vida.

O amor age em silêncio, trabalha incansavelmente para garantir a harmonia da vida. Nada supera a sua potência. Nada supera a sua ação. O amor é a lei maior da vida, e rege o micro e o macro cosmos, sem alarde, sem exibição.

Cada planeta que se movimenta no espaço é um orbe em evolução, gravitando na lei de amor. Cada estrela que brilha no infinito, é um astro que conquistou a condição de mundo sublime, e está sustentado pela lei de amor...

Cada criança que renasce nos palcos terrenos, traz consigo um plano de felicidade, traçado pelas leis de amor...

O ser humano, que age e interage no meio em que vive, fomentando o progresso, está sob o amparo da lei de amor.

Cada anjo que habita os mundos sublimes é um Espírito de luz que conquistou o mais alto grau na universidade da vida, e hoje nos convida ao amor...


(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Por que as folhas caem

A cada outono, certas plantas e árvores preparam-se para um repouso necessário e vital à sua vida e continuação.

Algumas espécies de árvores matizam-se de várias cores, num maravilhoso contraste entre a melancolia e a beleza extrema. Depois, uma a uma, as folhas caem, como lágrimas, até que as árvores, nuas e tristes, abram os braços ao inverno e esperem, pacientemente, a primavera, que restaurará cada folha caída.

Por que para nós seria diferente? Por que não perder antes de reencontrar, por que não as lágrimas, por que não dias áridos, frios e secos? E por que não a esperança de que a primavera volte? Porque, creiam, ela volta sempre!

Talvez nos julguemos bons demais para receber o sofrimento, como se ele fosse sempre símbolo de castigo e não algo necessário ao nosso crescimento.

As folhas caem e as árvores parecem assim tão desprotegidas, tão solitárias!... e eu me pergunto o que faz com que sobrevivam.

Elas entendem que esse período é necessário à sua renovação. Elas aceitam, doam-se e esperam e recebem de volta, no tempo oportuno.

Assim somos nós com todas as perdas que sofremos, com as lágrimas que escorrem e salgam nossa boca, com o tempo que parece interminável ou as noites longas demais.

Tanto que não entendemos e não aceitamos o sofrimento, ele se prolongará. Tanto que não vemos isso como uma fase, apenas uma fase, a ferida estará aberta e sangrará.

Não aceitar o outono e negar o inverno não faz com que não existam. Apenas nos deixam fora de uma realidade que chega pra todo mundo.

Não somos maus demais para recebê-los como um castigo e nem bons demais para que possamos não acolhê-los.

As árvores perdem as folhas e perdemos os nossos. Elas choram e choramos também. Elas esperam e nada há que nos impeça de esperar.

E elas recebem, a seu tempo determinado, novos galhos e novas folhas, novas flores e novos frutos. Sentem-se assim completas.

Somos assim o que somos e o mesmo Deus que sustenta as árvores, nos sustenta a nós!

E Ele nos poda, nos molda, nos deixa nús e aparentemente sem defesa, mas está sempre presente e estará ainda quando a primavera voltar, quando seremos, depois do inverno frio, renovados e prontos para recomeçar.



Letícia Thompson